Mas meu Deus! Isso é um tédio sem remédio.
O sol tá bonito lá fora e como já dizia Reginaldo Rossi, 'aqui, nessa mesa de bar' eu tô tomando chá! Tá, é um chá de laranja silvestre - qualquer coisa é silvestre pra nome de chá, amaciante de roupas e marketing de pecuária falida - mas é chá.
É mais um dia desse inverno afetado que me entedia. O restinho de céu que eu via da janela, agora foi tapado pela varanda de um prédio em construção, que tem pedreiros bolivianos, paraguaios e de algumas outras nacionalidades que passam a manhã gritando uns pros outros em dialetos indígenas que com certeza dizem 'vamos enlouquecer a secretária ali de baixo.'.
Daí o Brasil perde pra Argentina no futebol, em plena semifinal de Olimpíadas. E de três a zero! A parte em que entra o meu tédio é onde eu nem me importo com isso. E eu moro na Argentina!
A máquina copiadora torra minha paciência com seu discurso de criança no banheiro. 'Falta papel'. Se realmente faltasse papel, não haveria problema, o galho é que eu corto meu dedo abrindo um pacote de 5 kilos de folha A4 pra satisfazer a vontade da bicha e ainda assim ela reclama da falta de papel. É literalmente, reclamar de barriga cheia. Nessa parte, o tédio são os 20 jogos de cópias frente e verso que eu tenho pra fazer.
Daí eu fico sem nada pra fazer. Como. Leio. Checo os emails do chefe. Faço mais algumas cópias. Abro a porta pro carinha da água que vem trocar o galão e dizer que ainda tem água no anterior. Atendo o telefone e pedem pra que eu espere. Abro de novo a porta pro carinha da água sair.
E daí nessa parte, o tédio é que eu tô aqui gastando meia hora do meu inútil dia escrevendo esse texto, que tem um 99% de propabilidade de não ser lido.
E o chá esfriou. Ai, que tédio.
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