Dei um abraço bem apertado na Cris, e nos entregamos às lágrimas na escada da recém vazia casa. Prometemos amizade mútua e que nunca nos esqueceríamos uma da outra.
A noite me engolia com seu pesadelo e já com novo sol sentada estava dentro do carro. Como quem pressentia algo olhei para o portão em minha frente. Os vi pela última vez ali, meus amigos, meus amores e minha vida.
Já com a face tomada de uma tristeza molhada vi que de um lugar perto um amigo me observava com olhos de pena, como quem diz ‘Você não merece, mas é assim’. Encondi-me e com um último adeus sussurrado meio aos travesseiros e às lágrimas avistei pelo vidro meio embaçado o “Volte sempre” que ficava pra trás junto com meu coração.
Trecho do livro "Amigos como nós", por Vanesa Arduin.
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