lunes, abril 20, 2009

Só pra não cair na rotina.

Daí tento fugir dela fazendo algo que fazia há muito tempo atrás.
Escrever.

Puxar a memória.
Será que sai um livro?
Outro?

Então eu olho pros imãs de geladeira. Olho pra eles e lembro das vontades que tinha pra minha improvável casa nova. Olha só. Casa nova. Nesse momento eu queria só saber o que vai ser de mim daqui a um mês. Casa é pedir demais.
Banheiro.

Daí eu lembro das companhias pra compra dos imãs.
Coisa boa. Pensar que eu achei que ia ser complicado aquele tempo lá. Pensar que eu chorei. Pensar que eu quis voltar.
Fraca.

Momento de extrema dúvida. Tudo parece pender pra um lado só. Pro lado da dúvida. E aquela determinação? Onde se escondeu a pessoa batalhadora que existiu um dia? Na minha cabeça agora rondam aquelas duas figurinhas clássicas do mundo cristão. Mas não sei se pra direita olhar ou pela esquerda seguir. Os caminhos parecem se misturar.
Daí vêm aquelas inúteis novas regras de ortografia. Que se danem.
Vou fazer História, não Letras. Quero aquilo que passou.
Sempre quis o que passou. Nunca olhei pra frente. E isso me para.
Me freia. Não aqui. Me freia a ambição. Me freia a vontade de ser como todos os outros.

Difícil. Ninguém disse que não ia ser. Daí cada um vai pra um lado.
As coisas que eu achei que fosse ter pra sempre como uma marca em mim, estão desaparecendo. Estão indo pra longe, sumindo.
Se vão.

Fica a liberdade. Mas de que? De sonhar?
Fica a realidade do hoje. Do ontem.
Fica a empolgação de voltar lá pra janeiro.
Dançar, beijos. Cigarros.


fevereiro, 2009.

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