fico assim, desarrumada por dentro.
não é bom nem ruim, não é nem sequer nada.
é alguma coisa que eu não denominei ainda.
e quando o fizer, vai deixar de ser.
vai deixar de ser aquela risada,
vai deixar aquele desmaio.
vai deixar de ser aquele recado.
quando eu me arrumar,
vou colocá-lo no lugar certo.
mas e quando eu o quiser achar?
ele não vai estar no lugar onde eu sempre procurei.
vai sumir.
prefiro, então, deixar de conversá-lo.
deixar de pensá-lo errado.
deixá-lo confortável no mesmo lugar de sempre.
então, eu prefiro ficar nessa bagunça,
deixar desarrumado.
que, um dia, o tempo arruma.
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