jueves, octubre 28, 2010

minha manhã teve cheiro de memória.
cheiro de memória fresca.

eu senti o perfume do meu pai das noites de sábado, de quando eu era pequena.
senti o mesmo vento leve que soprava nos campos da minha tia, quando eu passava todas as férias em família, correndo no pasto atrás dos filhotes de cabra.

senti cheiro de infância, senti cheiro de pêra, de jujuba e cheiro de cobertura de caramelo.
o cheiro me fez caminhar de novo sobre a grama verde do campinho de bola.

quis caminhar o dia todo ali,
na grama verde.
mas a grama secou - apesar de em minha memória estar fresca, fresquinha.

piso no concreto e imagino o chão batido.

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