Que isso, por favor, não pareça uma resposta a nenhum email que tu tenha me enviado ultimamente! longe disso!

eu não ando lendo nem bula, tô mais por fora do que a minha bicicleta jogada na varanda.
queria atitude. quero chegar em casa e ler, ler, devorar meus livros tantos que comprei com meus centavos míseros.
queria tanto esse laguinho do lado de casa.

se tu soubesses a saudade que sinto desse mundo, te espantarias.
mas dirias, com a certeza firme, "eu te disse".
se tu visses as paisagens que vejo no meu caminhar aqui, dirias "que merda, porra, eu disse pra ela".

eu ia incluir aqui um "mas".
mas não vou. porque, infelizmente, lá dentro, eu não vejo nenhum "mas".
vejo as mesmas paisagens que tu verias se visses o que eu sinto.

essas são minhas confissões apaixonadas pela vida que me cerca(va).
faço malabaris na praça, morro de vontade de adotar um cachorrinho e de viver ao sol. mas quanto mais calor faz, mais frio eu sinto. e quanto mais eu lembro do cassino, mais eu esqueço os dias de chuva e frio que foram tantos a me inundar o quarto.

e quando menos eu tento fazer poesia,
apareces tu.